ABRAMM-Associação-Brasileira-de-Mieloma-Multiplo

É um tipo de câncer que se desenvolve na medula óssea devido ao crescimento descontrolado dos plasmócitos que são um tipo de glóbulos brancos. Mieloma múltiplo representa entre 1% e 2% de todos os tipos de câncer e 15% dos cânceres hematológicos no mundo. Não temos dados atualizados no Brasil.

Embora de prevalência em idosos, pessoas jovens também podem desenvolver a doença.

O mieloma afeta vários lugares do corpo e, é por isso, que é chamado de mieloma "múltiplo".

O mieloma afeta onde a medula óssea é normalmente ativa em um adulto, como nos ossos da coluna, crânio, pelve, caixa torácica, ossos longos dos braços e pernas e áreas ao redor dos ombros e quadris.

Para alguns tipos de câncer, os fatores de risco são conhecidos, por exemplo, fumar causa a maioria dos cânceres de pulmão e isso oferece uma oportunidade de prevenção.

Com o mieloma múltiplo, poucos casos estão ligados a fatores de risco que podem ser evitados, portanto, não há nenhuma maneira conhecida de impedir o desenvolvimento da doença.

Objetivando alertar a população brasileira, a ABRAMM na edição de 2022 da Campanha Março Borgonha traz o tema “Abra os olhos, pode ser Mieloma Múltiplo" focada nos sinais e sintomas da doença.

Se você tem mieloma múltiplo ou está perto de alguém que tem, saber o que esperar pode ajudá-lo a lidar com isso.

Lembre-se, o mieloma múltiplo não afeta todos os pacientes da mesma maneira.

Acompanhe, compartilhe, divulgue e conscientize-se!

Um pouco de história: O mês de conscientização do Mieloma Múltiplo foi observado pela primeira vez nos Estados Unidos (EUA) como parte do Mês Nacional de Conscientização da Leucemia, Linfoma e Mieloma em setembro de 2005.

Foi no ano de 2009 que a Fundação Internacional do Mieloma (IMF) reconheceu pela primeira vez março como Mês da Conscientização sobre o Mieloma, posteriormente renomeando sua campanha – Mês da Ação do Mieloma.

No mundo acontecem diversas ações para conscientização da população e dos tomadores de decisão e a ABRAMM em 2018 lançou a campanha “Março Borgonha” enfatizando a cada ano um tema para debate e união.

Em 2022 o mote da campanha são os “Sinais e Sintomas” que nos alertam a investigar para que mais e mais diagnósticos sejam identificados precocemente.

Se você tem Mieloma Múltiplo ou está perto de alguém que tem, saber o que esperar pode ajudá-lo a lidar com isso.

Nas redes sociais da ABRAMM você pode descobrir mais sobre o Mieloma Múltiplo.

Lembre-se, o Mieloma Múltiplo não afeta todos os pacientes da mesma maneira.

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Nossa exposição da campanha Março Borgonha “Abra os olhos, pode ser Mieloma Múltiplo” chegou ao metrô de São Paulo e ficará até o dia 31!

Essa é uma parceria ABRAMM e Via Quatro - Via Mobilidade, por meio da equipe de Sustentabilidade.

Nosso muito obrigado a toda equipe pelo apoio e espaço!

A exposição fica na estação Eucaliptos - linha Lilás!

Para nós é inspiradora. E para você? Visite e compartilhe conosco o que achou!

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Sinais e sintomas são alertas e trazem muitas preocupações, mas são importantes para entendermos as mensagens que o corpo nos dá.

Os sinais e sintomas para o mieloma são muitas vezes confundidos com questões corriqueiras, mas qualquer um deles necessita de investigação clínica.

Quanto mais precoce o diagnóstico do mieloma melhores são as opções de tratamento.

Quais desses sinais ou sintomas você percebeu antes do seu diagnóstico? Conte pra gente!

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Muitas das pessoas que convivem com Mieloma Múltiplo têm em comum os sinais e sintomas que fizeram com que um especialista investigasse mais profundamente até o diagnóstico ou seu descarte.

Ao contrário de muitos cânceres, o mieloma não existe como um nódulo ou tumor, ele afeta onde a medula óssea é normalmente ativa em um adulto, como nos ossos da coluna, crânio, pelve, caixa torácica, ossos longos dos braços e pernas e nas áreas ao redor dos ombros e quadris.

Para diagnosticar o mieloma múltiplo, vários exames precisam ser realizados. Entre eles:

➡ Hemograma

O hemograma completo é um teste que mede os níveis de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas no sangue.

➡ Raio-X

Um dos primeiros exames investigativos é o raio-X de todo o esqueleto para verificar se há danos nos ossos ou lesões líticas isso porque as células do mieloma produzem uma substância chamada osteoclastos que acelera a dissolução do osso. Assim, o osso velho é quebrado sem osso novo para substituí-lo, tornando os ossos fracos e fáceis de quebrar. Ossos fraturados são um grande problema em pessoas com mieloma.

➡ Eletroforese de Proteínas Séricas

A eletroforese de proteínas séricas é um exame que mede os anticorpos no sangue e pode encontrar um anticorpo monoclonal ou uma proteína anormal também conhecida por diferentes nomes: imunoglobulina monoclonal, proteína monoclonal (proteína M), pico M ou paraproteína.

➡ Biópsia

Isso envolve a coleta de uma pequena amostra (conhecida como biópsia) da medula óssea, geralmente da parte de trás do osso do quadril. É realizado sob anestesia local.

Lembre que o diagnóstico correto é um direito do cidadão.

Os exames para diagnóstico do Mieloma Múltiplo também ajudam a determinar um plano de tratamento, monitorar o progresso e detectar complicações do mieloma para que possam ser geridos de forma eficaz.

Você se identifica? Conte pra gente!

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Fonte: https://www.cancer.org/cancer/multiple-myeloma/detection-diagnosis-staging/testing.html

Essa é uma interrogação de todas as pessoas que receberam o diagnóstico de mieloma múltiplo mas, as causas do mieloma são parcialmente compreendidas.

Sabe-se que, o mieloma se desenvolve quando ocorrem “erros” genéticos dentro do DNA de uma célula plasmática, mas atualmente não se sabe por que esses erros ocorrem.

O achado científico mais interessante é a ligação estreita entre o mieloma múltiplo e uma condição chamada gamopatia monoclonal de significado indeterminado (GMSI). GMSI é uma desordem clonal pré-maligna, um excesso de moléculas de proteína, chamadas imunoglobulinas, que pode progredir para mieloma múltiplo ou outras doenças hematológicas, mas cabe ressaltar que não há nenhuma maneira conhecida de retardar ou prevenir a progressão do GMSI para mieloma.

Os pesquisadores e especialistas também compartilham que exista uma interação complexa de fatores genéticos e ambientais.

Há algum tempo, historicamente, identificou-se alguns fatores que podem aumentar a chance de desenvolver o mieloma:

➡ o risco de mieloma aumenta à medida que as pessoas envelhecem;

➡ mieloma é um pouco mais comum em homens do que em mulheres.

Acredita-se também que existam vários fatores externos ou ambientais que podem aumentar o risco dentre eles: exposição a certos tipos de produtos químicos sejam eles industriais ou agrícolas, exposição a altas doses de radiação e um sistema imunológico enfraquecido.

Se você tem mieloma múltiplo ou está perto de alguém que tem, saber o que esperar pode ajudá-lo a lidar com isso. No portal e nas redes sociais da ABRAMM você pode descobrir mais sobre o mieloma múltiplo.

Fonte: https://www.nhs.uk/conditions/multiple-myeloma/....

https://pebmed.com.br/ja-ouviu-falar-sobre-gmsi-ou-mgus/...

Ao contrário de muitos outros cânceres, o mieloma pode afetar o corpo de várias maneiras.

➡ Dor Infelizmente, este é um dos sintomas mais comuns do mieloma e afetará até 80% dos pacientes em algum momento.

➡ Fadiga persistente, ou um cansaço avassalador, é comum no mieloma. Muitos pacientes dizem que a fadiga é o sintoma mais difícil de lidar com o mieloma.

➡ Doença óssea é outra característica comum e muitas vezes debilitante do mieloma. É aqui que as células do mieloma interferem no processo normal de manutenção do osso e causam buracos ou lesões no osso, as chamadas lesões líticas.

➡ Infecções recorrentes são mais comuns porque o mieloma e seus tratamentos interferem no sistema imunológico tornando os pacientes mais suscetíveis.

➡ Anemia pode ocorrer como resultado do mieloma ou como efeito colateral do tratamento e pode causar fadiga, fraqueza ou falta de ar.

➡ Hipercalcemia é uma condição na qual o nível de cálcio no sangue é muito alto.

➡ Danos ou mau funcionamento dos rins podem ocorrer por vários motivos.

➡ Neuropatia periférica é um dano aos nervos que compõem o sistema nervoso periférico e no mieloma, os nervos mais comumente afetados são os das mãos e dos pés, causando formigamento e sensação alterada e, às vezes, dor.

Descreva seus sintomas com a maior precisão possível, seja para alguém de sua família, cuidador, mas principalmente para o seu médico. Se possível, tenha um caderno com essas anotações e leve-as em suas consultas. Esse ato de amor a você mesmo, ajudará nas consultas e juntos, você e seu médico, tomarão decisões mais assertivas.

Fonte: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17996596/...

https://www.mayoclinic.org/.../symptoms-causes/syc-20353378

Infelizmente, o mieloma múltiplo não tem cura, mas hoje, no Brasil e no mundo, está disponível um grande número de terapias e procedimentos que prolongam a expectativa de vida e diminui o risco de complicações.

Neste post, abordamos o tratamento para pessoas com mieloma sintomático, que inclui tanto tratamento para controlar a doença quanto cuidados de suporte para melhorar a qualidade de vida, como aliviar os sintomas e manter uma boa nutrição.

Esse plano de tratamento inclui diferentes fases:

Descrição: 🎯 Terapia de indução: Para controle rápido do mieloma múltiplo e ajudar a aliviar os sintomas;

Consolidação: Com mais quimioterapia ou transplante de medula óssea/células-tronco;

Terapia de manutenção: Por um período prolongado para prevenir a recorrência do câncer.

Vale ressaltar que o tratamento direcionado à doença geralmente inclui terapia com medicamentos, como terapia direcionada e/ou quimioterapia, com ou sem esteróides. O transplante de medula óssea/células-tronco ou quimioterapia em altas doses com resgate de células hematopoiéticas pode ser uma opção. Outros tipos de tratamentos, como radioterapia e cirurgia, são usados em circunstâncias específicas.

Descrição: ✅ Descreva seus sintomas com a maior precisão possível, seja para alguém de sua família, cuidador, mas principalmente para o seu médico. Se possível, tenha um caderno com essas anotações e leve-as em suas consultas. Esse ato de amor a você mesmo, ajudará nas consultas e juntos, você e seu médico, tomarão decisões mais assertivas.

Lembre-se, o mieloma múltiplo não afeta todos os pacientes da mesma maneira.

Pacientes com mieloma ativo geralmente recebem uma combinação de 2 ou 3 medicamentos ou tratamentos. Os medicamentos escolhidos dependem da saúde do paciente (incluindo a função renal) e se um TMO está planejado.

Entre as opções de tratamento estão:

➡ Quimioterapia são administradas certos tipos de drogas que destroem ou controlam o crescimento de células cancerosas. Esses medicamentos podem ser tomados por via oral ou administrados em uma veia ou músculo. Eles entram na corrente sanguínea e atingem quase todas as áreas do corpo, ou seja, matam células de crescimento rápido, incluindo células de mieloma.

➡ Terapia direcionada são os tratamentos com medicamentos direcionados concentram-se em fraquezas específicas presentes nas células cancerígenas.

➡ Drogas imunomoduladoras estimulam o sistema imunológico. Os medicamentos administrados também impedem que novos vasos sanguíneos se formem e alimentem as células do mieloma.

➡ Esteróides ou corticosteróides, como a dexametasona e a prednisona, são uma parte importante do tratamento do mieloma múltiplo. Eles podem ser usados sozinhos ou combinados com outros medicamentos como parte do tratamento. São medicamentos que regulam o sistema imunológico para controlar a inflamação no corpo.

➡ Trasnplantes de Medula Óssea (TMO), também conhecido como transplante de células-tronco ou quimioterapia em altas doses com transplante de células hematopoéticas, é um procedimento para substituir sua medula óssea doente por medula óssea saudável.

Descrição: ▶️ Se uma combinação de medicamentos parar de funcionar ou o mieloma voltar, a chamada recidiva, outras opções de medicamentos podem ser administrados.

Informe a sua equipe médica se tiver quaisquer problemas ou sintomas anormais enquanto estiver em tratamento com qualquer terapia medicamentosa.

Lembra das anotações com informações de sintomas? Elas também devem ser utilizadas aqui.

Além dos principais tratamentos para o mieloma múltiplo, você também pode precisar de tratamento para ajudar a aliviar alguns dos problemas causados pela doença.

Por exemplo:
⚈ analgésicos - para reduzir a dor;

⚈ radioterapia - para aliviar a dor óssea ou ajudar na cicatrização após um osso ser reparado cirurgicamente;

⚈ medicamento como bifosfonatos administrados em comprimidos ou por injeção – para ajudar a prevenir danos nos ossos e reduzir os níveis de cálcio no sangue;

⚈ transfusões de sangue ou medicação com eritropoietina – para aumentar a contagem de glóbulos vermelhos e tratar a anemia;

⚈ cirurgia – para reparar ou fortalecer os ossos danificados ou tratar a compressão da medula espinhal (a coluna de nervos que corre pelas costas);

⚈ diálise – pode ser necessária se você desenvolver insuficiência renal.

Embora um único medicamento possa ser usado para tratar o mieloma múltiplo, é preferível usar pelo menos 2 ou 3 tipos diferentes de medicamentos em combinação isso porque o mieloma múltiplo responde melhor.

Essa combinação sempre terá um medicamento quimioterápico, um medicamento esteróide e uma imunomodularos e ou um inibidor de proteassoma.

Os agentes ou drogas imunomoduladores estimulam o sistema imunológico. Esses medicamentos também impedem que novos vasos sanguíneos se formem e alimentem as células do mieloma.

➡ Talidomida

A talidomida pode ajudar a matar as células do mieloma. Você a toma como um comprimido todos os dias – geralmente à noite, pois pode fazer você se sentir sonolento.

A Talidomida pode causar defeitos congênitos, portanto, não deve ser tomada por mulheres grávidas, e uma forma confiável de contracepção, como o preservativo, deve ser usada durante o tratamento.

➡ Lenalidomida e Pomalidomida

A Lenalidomida e a Pomalidomida são semelhantes à talidomida. Ambos são administrados por via oral e podem afetar as células produzidas pela medula óssea.

Importante a lenalidomida ou a pomalidomida podem aumentar o risco de desenvolver um coágulo sanguíneo e ter outros efeitos colaterais semelhantes à talidomida.

A escolha e a dose da terapia medicamentosa dependem de muitos fatores, incluindo o estágio do câncer, a idade e a função renal do paciente, bem como a fragilidade do paciente. Se um transplante de células-tronco estiver planejado, a maioria dos médicos evita o uso de certos medicamentos, como o melfalano, que podem danificar a medula óssea.

Informe a sua equipe médica se tiver quaisquer problemas ou sintomas anormais enquanto estiver em tratamento com qualquer terapia medicamentosa.

Os inibidores de proteassoma funcionam impedindo que os complexos enzimáticos (proteassomas) das células quebrem as proteínas importantes para controlar a divisão celular. Eles parecem afetar as células tumorais mais do que as células normais, mas não são isentos de efeitos colaterais.

➡ Bortezomibe

Bortezomib pode ajudar a matar as células do mieloma, fazendo com que as proteínas se acumulem dentro delas.

➡ Carfilzomibe

O carfilzomibe é um medicamento semelhante ao bortezomibe, sendo um tratamento mais intensivo; pode ser administrado com dexametasona e lenalidomida. É indicado quando há recidiva, com falha da terapia anterior, onde foi utilizado o bortezomibe.

A escolha e a dose da terapia medicamentosa dependem de muitos fatores, incluindo o estágio do câncer, a idade e a função renal do paciente, bem como a fragilidade do paciente. Se um transplante (TMO) estiver planejado, a maioria dos médicos evita o uso de certos medicamentos, como o melfalano, que podem danificar a medula óssea.

Se uma combinação de medicamentos parar de funcionar ou o mieloma voltar (a chamada recidiva), outras opções de medicamentos podem ser administrados.